domingo, 27 de outubro de 2013

Record - 27-10-2013

Rio Ave-Gil Vicente, 0-1: Tiro na monotonia matou sorte do jogo
RIO AVE CAI PERANTE GIL MUITO CIOSO
Domingo, 27 outubro de 2013 | 00:23
Autor: ANTÓNIO MENDES
Fotos: AMÂNDIA QUEIRÓS


O Rio Ave não atina em casa e o Gil Vicente ganha pela primeira vez fora de portas. Duas conclusões de um jogo que chegou a ser mau, mas que serviu para colocar os galos de Barcelos com a crista bem levantada.

Consulte o direto do encontro.

A equipa de João de Deus já não perde um jogo desde a visita ao Dragão, a 14 de setembro, o que é de assinalar e em Vila do Conde percebeu-se a razão. É que esta equipa gilista é muito ciosa a cumprir o plano tático e na estratégia raramente vacila, dando prioridade à segurança do seu jogo mesmo quando está no momento ofensivo. Assim, corre mais o bom risco de ganhar, apesar de nem todos gostarem de um futebol destes. Mas é o que é e este Gil Vicente lá caminha seguro para os seus objetivos.

Ontem, os visitantes até nem necessitaram de ser tão cínicos, pois em boa verdade o Rio Ave só assustou verdadeiramente na entrada do jogo. Aí, os galos controlaram as coisas com alguma serenidade e, aos poucos, assim como quem não quer a coisa, foram-se aproximando mais da baliza de Salin.

A primeira boa oportunidade, de resto, está na cabeçada de Diogo Viana, que Salin evitou com desvio para canto (16’), seguindo-se um livre muito perigoso de Luís Martins, que o guardião do Rio Ave também defendeu (27’). Esta dupla haveria de estar em confronto bem mais tarde, como se pode perceber na ficha do jogo que está aqui ao lado, pois o esquerdino à segunda já não deu hipóteses ao francês, atirando uma bomba que explodiu com estrondo no poste e entrou no outro lado da baliza. Isto foi aos 79 minutos, no momento do jogo, como é óbvio, mas para lá chegarmos e perceber que há alguma justiça no marcador é preciso reforçar que o Rio Ave só conseguiu ter uma grande oportunidade de golo, mas Tarantini desviou para cima da baliza o primoroso canto de Ukra (38’). O que se passou então entre este momento e o decisivo?

É simples: o Rio Ave tentou mostrar que queria ganhar e o Gil Vicente procurou melhor a felicidade que encontrou. A entrada de Del Valle para a segunda parte ainda mexeu, mas quando se pensava que o Rio Ave ia finalmente dar tudo para acabar com o estigma dos jogos em casa, onde averbou a terceira derrota consecutiva, foi o Gil Vicente que pegou no encontro, sempre sem necessitar muito de carregar no acelerador, acabando por garantir uma vitória que tem tanto de preciosa como de natural. Sim, porque foi Paulinho que ainda acertou na barra de Salin, aos 57 minutos, enquanto os homens da casa conseguiram o mísero dado estatístico de dois remates na 2.ª parte, só um deles enquadrado, e o primeiro canto aos 90+2’...

Árbitro: Manuel Oliveira (nota 3)

O árbitro do Porto não teve um jogo muito difícil, até porque não há lances a deixar dúvidas, sendo que Manuel Oliveira acabou por segurar as poucas emoções do jogo com os cartões, punindo excessos nas entradas. Aí só pecou porque não manteve a coerência e alguns ficaram por mostrar.

Melhor em campo: Luís Martins (nota 4)

Acabou por resolver um jogo que parecia condenado ao nulo. Um enorme remate de pé esquerdo para um grande golo!

Momento

O do golo de Luís Martins, claro, pois foi aí que se perceberam duas coisas: a vitória do Gil era inevitável e o Rio Ave ficou KO...

Número

2 Para quem tinha de investir mais na vitória é pouco! São os remates do Rio Ave na 2.ª parte.


http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/interior_premium.aspx?content_id=850882