segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

MaisFutebol

FICHA DO JOGO

AO MINUTO

CRÓNICA
Nacional-Rio Ave, 1-0
Tradição mantém-se, vila-condenses não vencem na Choupana.
Jokanovic voltou a surpreender no onze que montou para a recepção ao Rio Ave (1-0). Regressou ao habitual 4x3x3, mas apostou em Patacas a lateral-direito, ele que nem tem sido convocado. Depois, com Orlando Sá lesionado, Anselmo sentou-se no banco, com o técnico nacionalista a colocar Diego Barcelos como homem mais avançado, embora com a companhia de João Aurélio e Edgar Costa.
Por seu turno, Carlos Brito manteve o 4x3x3 e Vítor Gomes foi titular, com Wires a desempenhar funções mais defensivas. Assim, apesar de maior posse de bola, os locais raramente incomodaram a defesa vila-condense. O melhor lance surgiu aos 15 minutos, após um bom passe de Edgar. Luís Alberto rematou de primeira à entrada da área, com muita força, mas Paulo Santos voou e desviou para canto.
A pouco e pouco, os visitantes tornaram-se mais atrevidos, com Wires sempre a espreitar o remate de fora da área. Foi este médio que, já em tempo de descontos, atirou forte à barra, com Bracalli batido. Chegou-se ao intervalo com um nulo, justificado face ao pouco futebol produzido de parte a parte.
No segundo tempo, apesar das mudanças feitas (e contestadas pelos adeptos madeirenses), o Nacional não conseguiu criar perigo para a baliza de Paulo Santos. O Rio Ave manteve a estratégia. Contenção e espreitar o contra-ataque.
Assim, se a primeira parte foi fraca, em termos de oportunidades, os segundos 45 minutos foram um deserto ainda maior. Uma nulidade. Só aos 70 minutos, após um passe de Braga, João Tomás rematou muito mal, quando estava em boas condições para bater Bracalli.
Márcio Madeira explodiu
Quando nada o fazia prever, num rápido contra-ataque (72m), o recém-entrado Márcio Madeira (estreia na I Liga), foi por ali abaixo no flanco esquerdo, cruzou com conta peso e medida para o primeiro poste e Diego Barcellos bateu Paulo Santos de cabeça.
Carlos Brito mexeu na sua equipa. Mandou subir os seus jogadores, mas Bracalli nunca passou por momentos de grande aperto.
Vitória muito suada por parte dos nacionalistas que acabaram por ser eficazes, num jogo onde as oportunidades para golo foram coisa rara. O Rio Ave continua sem vencer na Choupana.

Carlos Brito, treinador do Rio Ave, após a derrota frente ao Nacional (1-0)
(As coisas não estão fáceis para o Rio Ave) «Se tudo correr de forma normal, em termos de jornada, julgo que mantemos a posição e a distância de pontos em relação aos dois últimos classificados. Mas isso fica para depois.»
(Uma análise ao jogo) «A equipa acusou a derrota, em casa, com o Olhanense, que foi injusta e que mexeu com a confiança dos atletas. Isso notou-se, principalmente, no sector ofensivo. A nossa equipa não jogou bem, mostrou alguma precipitação. Numa das coisas em que somos bons, a posse de bola e circulação, hoje não funcionámos. Foi uma primeira parte equilibrada em situações de golo. Na segunda parte esperava mais da minha equipa. Não faltou atitude, mas o que fez a diferença foi que não conseguimos ter mais tempo a bola, parecia que esta tinha picos. Sofremos um golo, após um canto a nosso favor. Sabíamos que o Nacional era forte nessas situações de contra-ataque. Não soubemos matar a jogada. Vamos seguir em frente. Estamos numa posição que não é má mas temos de arrepiar caminho, como se costuma dizer.»
(Na próxima jornada, o Gaspar e o Zé Gomes ficam de fora pelos amarelos¿) «Perdi dois jogadores, mas não é muito importante. Há outros que esperam uma oportunidade e estes dois que não vão poder jogar são óptimos, mas não vamos jogar só com nove. Sinto a equipa triste. Temos uma semana para arrepiar caminho e para que os jogadores não sintam falta de confiança nas suas qualidades. Quero também destacar aqui a boa arbitragem do André Gralha. Parabéns.»

Sem comentários: