sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Notícia Póvoa Semanário

Martinho e Pimenta histórias que se cruzam
Depois de terem jogado juntos nas camadas jovens do clube poveiro, Raul Martinho e Vítor Pimenta são agora os massagistas de Varzim e Rio Ave. Dois velhos amigos com histórias de vida muito semelhantes
Os caminhos de Raul Martinho e Vítor Pimenta cruzaram-se no Varzim há mais de 20 anos. Jogaram na mesma equipa e ambos alinhavam na posição de defesa central, tendo actuado juntos em várias ocasiões. O destino levou-os a enveredarem pela carreira de massagista, trabalhando na área do futebol profissional, agora em clubes rivais. O Póvoa Semanário juntou-os para lançar o derbi entre Varzim e Rio Ave, sem esquecer os "melhores anos de vida" enquanto jogadores do clube alvi-negro. Vítor Pimenta, que nasceu em Angola e veio para Portugal com 10 anos, salientou que "as amizades mais puras que ficaram para sempre foram construídas nesses tempos". Tentou a sorte no Varzim e, após o primeiro treino nas escolinhas, teve o destino traçado: "aparece amanhã com duas fotografias e o bilhete de identidade" afirmou na altura o treinador Manuel Gamboa. Juntou-se a Raul Martinho no Varzim, mas, com 15 anos, foi chamado para o Benfica, uma das suas grandes paixões, representando ainda o Sporting, nos juniores. Foi profissional em vários clubes, casos de União de Coimbra, Santa Clara ou Pedras Rubras, resolvendo depois investir na carreira de massagista. Uma lesão na coluna, aos 23 anos, impediu Raul Martinho de continuar a jogar futebol, apesar de ainda ter representado depois o Marinhas. Esteve no Varzim até ao último ano de juniores, jogando também no "glorioso" Aguçadoura e cumprindo de seguida o serviço militar obrigatório, para representar ainda o Fornos de Algodres. "Ficou a mágoa de nunca ter sido profissional" afirmou, revelando que hoje é massagista "um pouco por acaso". Um amigo aconselhou-o a tirar o curso no SIMAC e, vendo uma oportunidade de ficar ligado ao desporto e à saúde, duas áreas de que sempre gostou, não pensou duas vezes. Acabou por fazer o estágio na clínica de Moura Gonçalves, médico do Varzim, estando há seis anos a trabalhar no clube poveiro. Já Vítor Pimenta, que sempre se sentiu "fascinado pela área da saúde", e sabendo que o futebol profissional teria um fim, teve sempre no pensamento "precaver o futuro" e foi tirando cursos de massagista e na área de fisioterapia. Ainda era jogador quando colaborava, como massagista, nas camadas jovens do Varzim, terminando depois o curso para estagiar numa clínica de Barcelos. Tal como aconteceu com o amigo Martinho, a clínica pertencia a um médico ligado ao futebol. Acabou por ir parar ao Gil Vicente, onde esteve sete anos. Desde há duas épocas que trabalha no Rio Ave, tendo a funcionar na Póvoa de Varzim um clínica própria.
Quanto ao derbi deste domingo, Raul Martinho deseja que seja "um grande espectáculo" e, como é óbvio, espera que seja o Varzim a vencer. Vítor Pimenta está do outro lado da barricada e só pensa na vitória do Rio Ave na Póvoa.
http://www.povoasemanario.pt/default_Desporto.asp?noticiaid=3552&seccaoid=101&accao=noticia

Varzim x Rio Ave - A paixão do futebol
Carlos Alberto - Adepto do Rio Ave
"É um jogo de resultado imprevisível e, portanto, nunca se sabe quem ganha. São duas equipas muito iguais e tudo é possível. Aposto mais no empate. Sou vilacondense e gostava que o Rio Ave ganhasse, mas não sou assim tão peremptório, porque sei das dificuldades que estes jogos entre vizinhos colocam aos jogadores e treinadores dos clubes"

Francisco Flores - Adepto do Rio Ave
"O Rio Ave vai à Póvoa e não perde. Acredito em todos os resultados menos na derrota com o Varzim. Talvez esteja mais virado para o empate, o que já não seria mau para o Rio Ave, pois está na frente da classificação. Mas se ganhasse ficava mais satisfeito. Espero, essencialmente, que seja um bom jogo de futebol e que não surjam problemas"

Joaquim Braga - Adepto do Rio Ave

"Espero um empate entre as duas equipas e que seja preferência com golos. Aposto no resultado de 1-1. Quanto ao jogo, ninguém sabe ao certo o que vai acontecer, mas penso que será equilibrado e não aponto um favorito. Desejo que tudo decorra pelo melhor, dentro e fora do campo. Fora de casa o rio Ave costuma fazer bons resultados neste campeonato"

José Moreira - Adepto do Rio Ave
"Espero que o Rio Ave ganhe novamente, porque tem melhor equipa do que o Varzim. Já ganhámos na Póvoa na época passada e queremos repetir a dose esta temporada. O ponta de lança Keita é um bocadinho fraco, mas espero que o Rio Ave ganhe. O resultado será de 2-0 para a equipa de Vila do Conde. Já fui sócio mas desisti, apesar de ser caxineiro"
http://www.povoasemanario.pt/default_Desporto.asp?noticiaid=3551&seccaoid=101&accao=noticia

Varzim e Rio Ave primam pela “prata da casa”
Varzim e Rio Ave contam nas suas fileiras com muita "prata da casa", já que tanto jogadores como demais elementos, numa grande parte, são naturais ou residentes nas duas terras, com maior destaque para a zona piscatória das Caxinas, pertencente ao concelho vilacondense mas onde corre muito sangue poveiro oriundo de tempos idos.
Do plantel do Varzim, fazem parte os "caxineiros" Alexandre, Tito, Pedrinho, Emanuel e Marafona, além de Yazalde e Rui Barbosa com origens vilacondenses, para além dos poveiros Nuno Ribeiro, Neto, Pedro Santos e Marco Postiga, todos eles nascidos para o futebol no Varzim, tendo Emanuel e Rui Barbosa já envergado a camisola do Rio Ave.
Por sua vez, o plantel do Rio Ave conta com Milhazes e Adriano, poveiros de nascimento e criados nas escolas varzinistas, sendo naturais das Caxinas André Serrão, André Vilas Boas, Vitor Gomes e Tiago Terroso, além do vilacondense Fábio Faria, todos criados nas escolas do clube verde-branco.
Também as equipas técnicas têm ligações umbilicais com as duas terras vizinhas.
No Rio Ave, o treinador João Eusébio é "caxineiro", tendo feito a iniciação futebolística no Rio Ave, onde passou a sénior; os seus adjuntos Paulo Lima Pereira e Francisco Costa são poveiros e iniciaram-se como futebolistas do Varzim. O chefe do departamento de futebol Paulo Fangueiro é sócio do Varzim e reside na Póvoa de Varzim. O massagista Vitor Pimenta é poveiro e nasceu para o futebol nas camadas jovens varzinistas. Também o roupeiro Vitor Marta está ligado às duas terras, pois é do concelho de Vila do Conde, onde reside actualmente, mas durante década e meia residiu na Póvoa.
No Varzim, a equipa técnica liderada pelo "sulista" Diamantino Miranda conta como adjuntos António Miranda e Augusto Neves, criados nas escolas varzinistas e tendo ambos feito carreira na equipa sénior do Varzim, e também com o preparador físico Eduardo Esteves, natural da Póvoa e filho de outro antigo jogador varzinista Lúcio Pereira (que também defendeu as cores do Rio Ave e teve funções técnicas nesse clube), para além do massagista Raul Martinho que foi jogador varzinista nas camadas jovens.
Portanto, o jogo Varzim x Rio Ave, para a 13.ª jornada da Liga Vitális, reveste-se de um cunho regional como não deve haver outro igual no País, em que duas terras se interligam estreitamente no futebol, assim como em várias partículas da vida social e até política.

Luís Leal,
Do Jornal "O Varzim"
de 30/11/2007
http://www.povoasemanario.pt/default_Desporto.asp?noticiaid=3553&seccaoid=101&accao=noticia

“Encurtar distância para o Rio Ave”
Marco Cláudio regressou à competição após dois meses de ausência e o Varzim voltou a ganhar. Com contrato até 2009 e “completamente satisfeito” no clube, o médio tem como “grande desejo” chegar à I Liga com a camisola alvi-negra
A importância de Marco Cláudio no futebol do Varzim é consensual e, num olhar meramente estatístico, essa ideia ganha ainda mais consistência. Nas primeiras seis jornadas, o médio foi titular e a equipa venceu três jogos, empatou dois e perdeu uma única vez. Nos seis jogos seguintes, incluindo uma eliminação na Taça de Portugal, frente ao Penafiel, o Varzim perdeu duas vezes e empatou quatro. A influência do nº10 é vista por todos como decisiva e na última partida, frente ao Santa Clara, mesmo estando ainda longe da melhor forma física, e por saber que a sua presença "a nível psicológico" pode motivar os colegas de equipa, o treinador Diamantino Miranda não hesitou em colocá-lo em campo. Resultado: o Varzim venceu por 3-1 e quebrou um jejum de dois meses sem vitórias. "É sempre bom saber que as pessoas confiam em nós. Também tenho consciência que ainda não estou a 100 % e que nunca conseguiria chegar ao nível dos meus colegas, mas se a minha presença foi boa para a equipa fico satisfeito" começou por explicar, garantindo, porém, que o regresso às vitórias deve-se apenas ao "valor que o grupo tem". "Nem sempre é possível jogar bem e ganhar, mas vencemos com uma boa exibição e demonstrámos, mais uma vez, que o Varzim tem uma grande equipa que vai lutar pelos seus objectivos".
"Vou continuar a trabalhar para regressar ao meu melhor. Não queremos uma recuperação demasiado rápida e, por isso, o trabalho está a ser controlado ao pormenor"
Conseguida a vitória, e sabendo que nas próximas quatro jornadas o Varzim terá três jogos em casa (Rio Ave, Gondomar e Portimonense), confiança não falta a Marco Cláudio, que acredita ser possível alcançar os lugares de subida neste ciclo."É mais um motivo bom para trabalharmos, porque sabemos que podemos chegar lá acima para lutarmos de igual para igual com os nossos adversários. Não estamos longe do nosso objectivo e vamos continuar a trabalhar, sabendo que temos um ciclo bom para conquistar pontos".
Concentremo-nos no jogo com o Rio Ave, sempre muito especial para os adeptos. Os jogadores sabem disso, até porque, salienta, "as pessoas falam sempre e comentam a rivalidade". "Mas só estão em causa três pontos. Não queremos abdicar deles e vamos lutar para conquistá-los, encurtando dessa forma a distância para o Rio Ave" avisou.
Esperando um "grande ambiente" para um "grande jogo" de futebol, Marco Cláudio salienta que a transmissão na Sport TV e as características de um derbi aumentam a vontade dos jogadores em "participarem no espectáculo".

http://www.povoasemanario.pt/default_Desporto.asp?noticiaid=3554&seccaoid=101&accao=noticia

‘Jogo pela Paz’ tem risco elevado
O Varzim vai colaborar com a autarquia poveira no Encontro pela Paz, iniciativa que tem o apoio da Junta de Freguesia e que teve o seu início em 1999.
O derbi, que será denominado de ‘Jogo pela Paz’, beneficia da transmissão televisiva na Sport TV, o que dará uma maior dimensão evento. Desta forma, trinta minutos antes do início do jogo, será hasteada a bandeira da paz no Estádio, e as equipas entrarão em campo acompanhadas pela ‘Tocha da Paz’.
Será, ainda, respeitado um minuto de silêncio, durante o qual decorrerá uma largada de pombos, e nas bancadas estarão representadas todas as Juntas de Freguesia da Póvoa.
A classificação de "jogo de risco elevado" obriga a medidas especiais de segurança. Os sócios do Varzim têm entrada gratuita, mas os que não possuirem lugar anual deverão levantar o respectivo bilhete.

Bruno Alves - Formou-se no Varzim e saiu para os juniores do FC Porto. Depois de ter representado Farense, Guimarães e AEK, o defesa central regressou ao F Porto, afirmando-se também na selecção nacional.
"Nunca representei o Varzim como sénior, mas defrontei várias vezes o Rio Ave nas camadas jovens e tenho grandes recordações. É sempre um jogo muito especial, diferente de todos os outros, até pela emoção vivida no relvado e nas bancadas, sempre com uma forte rivalidade presente. Gostava que o Varzim conseguisse uma vitória, porque foi o clube onde me formei, por isso, ficou sempre um enorme carinho. Desejo que o Varzim tenha muito sucesso no futuro e que tudo de bom aconteça à equipa e ao clube. Se tiver oportunidade vou ver o jogo ao estádio, mas, se não puder, vou assistir pela televisão"

Miguelito - É poveiro e, apesar de ter tentado a sorte no Varzim, foi no Rio Ave onde se fez jogador. O lateral esquerdo teve uma passagem pelo Nacional da Madeira antes de ser transferido para o Benfica.
"Recordo com saudade os derbies entre Varzim e Rio Ave. Tive o privilégio de participar em vários jogos nas camadas jovens e também como profissional do Rio Ave. É sempre um bom jogo entre dois clubes vizinhos e rivais e de resultado imprevisível, pois as duas equipais têm dificuldades para se imporem e nem sempre vence quem está melhor. Desejo que seja um bom espectáculo de futebol e que ganhe o melhor. A semana que antecede esses jogos é bastante diferente das restantes, principalmente para os jogadores formados nos dois clubes, porque não se fala de outra coisa na terra e sentimos mais"

Ricardo Nascimento - Representou Varzim e Rio Ave na 1ª Divisão, brilhando no clube vilacondense antes de rumar ao futebol da Coreia do Sul. Assinou recentemente pelo Trofense e vai, assim, defrontar os antigos clubes.
"Joguei pelo Varzim contra o Rio Ave na 1ª Divisão e defrontei o Varzim num jogo particular. Participar num derby é sempre fantástico. É espectacular ver adeptos como os do Varzim e do Rio Ave que deixam qualquer jogador contente. O Varzim marcou-me pelos adeptos que tem, enquanto o Rio Ave foi o clube onde tive mais sucesso mediático e onde fui realmente feliz. Quando se diz que os jogadores correm mais nestes jogos penso que é um mito dos derbies em qualquer parte do Mundo. Mas marcar um golo é especial e fica gravado na mente de um jogador. A vitória será sempre especial para os adeptos"

http://www.povoasemanario.pt/default_Desporto.asp?noticiaid=3556&seccaoid=101&accao=noticia

Derbi entre Varzim e Rio Ave com medidas extra de segurança
À semelhança do que aconteceu no jogo realizado na Póvoa, na época passada, e dentro da iniciativa “Encontro pela Paz”, organizada pela Junta de Freguesia, o derbi entre Varzim e Rio Ave, marcado para domingo, pelas 11h15, será denominado de Jogo pela Paz, estando previsto um conjunto de acções. 30 minutos antes do início do encontro, será hasteada a bandeira da paz no Estádio e a entrada em campo das equipas será acompanhada pela ‘Tocha da Paz’, transportada por crianças com as cores dos dois emblemas. Será também respeitado um minuto de silêncio, durante o qual decorrerá uma largada de pombos.
Mas ao abrigo do que está determinado para jogos entre clubes rivais ou vizinhos, o encontro foi classificado de “risco elevado” e, por isso, estão previstas medidas especiais de segurança, estando proibida a entrada a crianças com menos de três anos e previstas revistas pessoais aos espectadores.
Os sócios do Varzim não pagam a habitual quota suplementar, mas, devido ao sistema de torniquetes, apenas os possuidores de Lugar Anual estão dispensados da aquisição do bilhete. O ingresso mais barato para o público em geral custa 10 euros.
http://www.povoasemanario.pt/default_Desporto.asp?noticiaid=3525&seccaoid=101&accao=noticia

Sem comentários: